De acordo com o secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Cristovam Praxedes, além de receber propina, o delegado passou a coagir as testemunhas do processo em que era investigado.
“Estamos procurando fazer com que aqueles que denigrem a imagem da polícia sejam punidos. Vamos cortar na próxima carne aquilo que não nos interessa”, disse o secretário.
O delegado geral da Polícia Civil, Elias Nobre, informou que Pedro Melo começou a ser investigado no ano de 2007, quando assumiu a delegacia de Jucurutu. “Ele começou a cometer esse tipo de crime logo que chegou ao município. Com isso, o Ministério Público iniciou a investigação, juntamente com a corregedoria”, destaca.
Elias Nobre ressaltou que o delegado acusado está sendo acusado de corrupção passiva e coação no curso do processo. “Ele teria recebido o dinheiro para fazer vista grossa ao jogo do bicho. Logo depois, passou a ameaçar as testemunhas”. Por esse motivo, aliás, a juíza Manoela de Alexandre decidiu expedir o mandado de prisão.
Pedro Melo poderia responder ao processo em liberdade, caso não tivesse coagido pessoas envolvidas no processo. Além desse processo, o delegado respondeu a outros três na Corregedoria da Polícia.
Um deles por agressão, outro por ter cobrado valores indevidos em uma fiança e o terceiro por prender um homem inocente. Neste caso, o preso era homônimo do verdadeiro criminoso e foi detido por engano. No dia em que foi levado à delegacia, o homem acabou cometendo suicídio dentro da delegacia de Caicó.
O fato foi registrado em 2008 e recentemente foi concluído na Corregedoria, que pediu o afastamento do delegado.
Pedro Melo do Nascimento, de 55 anos, é natural do município de Aroeiras, na Paraíba. Ele entrou na Polícia Civil do Rio Grande do Norte em março de 2004. De lá para cá, o delegado atuou nas delegacias de Mossoró, Caicó, Jucurutu, Parelhas, Delegacia da Mulher e, atualmente, estava na DP de Touros.
Ele foi preso a caminho do trabalho, quando foi chamado até a Diretoria da Polícia Civil no Interior. Agora, Pedro Melo está detido em uma carceragem da Delegacia de Capturas
De acordo com o secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Cristovam Praxedes, além de receber propina, o delegado passou a coagir as testemunhas do processo em que era investigado.